Casos de labirintite aumentaram durante a pandemia, revela professor da FMT

Renato Barreto
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“Por que falar sobre isso? Porque o estilo de vida que as pessoas adotaram, principalmente nos primeiros meses da pandemia, são propiciadores ao surgimento da “labirintite” ou intensificação do quadro de quem já possui esse tipo de problema”. A avaliação é do professor e fisioterapeuta/Dr. Renato Barreto, Mestre em Gerontologia pela Universidad Europea del Atlántico (Espanha), titular do curso de Fisioterapia da Faculdade Madre Thaís (FMT-Ilhéus)

Complicações no labirinto, que se localiza no ouvido interno, acomete pessoas de todas as idades, e podem ser desencadeadas por diferentes motivos. Segundo o Dr. Renato Barreto, “alterações psicoemocionais, como o aumento de ansiedade, são fatores para esse tipo de problema, bem como, hábitos alimentares não saudáveis e o sedentarismo que muitos têm tido neste momento crítico”.

Ele lembra que "muitas pessoas ficaram mais sedentárias ou deixaram de ser ativas por ficarem em suas casas sem praticar exercícios físicos e também diminuíram a produção de vitamina D por reduzirem a exposição à luz solar nos horários adequados”. Tudo isso induz a tipos específicos de complicações labirínticas causando vertigem, tontura, zumbido entre outras queixas. Ainda mais é importante destacar que a própria infecção pela Covid-19 pode provocar lesões neurológicas, gerando estes sintomas.

 “Outro problema percebido na pandemia é a relação do uso das máscaras que por vezes provoca tensão na região cervical e face, podendo facilitar o surgimento de algum tipo de “labirintite”. Então todas essas questões precisam ser chamadas à atenção. Tontura é considerada a segunda maior queixa nos consultórios médicos. É uma queixa importante, inclusive como suspeita também de infecção por Covid-19”, concluiu o professor e fisioterapeuta Renato Barreto.